Hoje é Domingo e já estou farto de Tv"s a manobrar o meu juizo ( não que tenha muito ) numa forma tudo menos, honesta, subi a escadas e venho juntar mais um BLOG a esta estranha coisa chamada internet, ou como diria Pessoa: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se".
Neste blog vou tentar ser justo, directo, imparcial e critico com tudo o que achar importante neste país, onde acima de tudo continuamos a ser Portugueses até ao fim. Quero exprimir os meus pontos de vista, colocar as minhas duvidas e esperar encontrar respostas para muitas delas...
Deixo-vos um texto antigo, mas actual
A Filha de D.Afonso Henriques
D. Afonso Henriques
Meu Pai
Vós que me criaste
Que do jugo dos estrangeiros me libertaste
Que as minhas fronteiras alargaste
Que para mim, cidades, vilas e aldeias conquistaste
Vós, meu pai, meu senhor
D. Afonso Henriques
Meu rei
Vêde ao que eu cheguei
Eu, fui aquela que a fé Dilatou por esse mundo que criei
Eu! que a Biblia e o amor por lá espalhei
Eu!
Que a civilização por lá espalhei
Eu!
Que descobri p`ró mundo novos mundos
Eu!
Que fui perdão e fui grandeza
Eu!
que santos embalei no peito meu
Eu!
Que de Guerreiros fui mãe
De heróis avó
ESTOU HOJE ASSIM ABANDONADA E SÓ!
Meu pai
Vós que me criaste com amor
Vós que me pusestes neste mundo
Vós que o mundo ainda inveja
Desde a Inês de Castro
Até à freira lá de Beja
Eu que dei ao mundo
Aqui neste cantinho
Um Eça de Queiroz e um Gago Coutinho
E num dia feliz
Eu tive o prémio Nobel
P`las mãos de Egas Moniz
Eu ditosa mãe
Por tais filhos amada
Que tenho hoje? NADA!
Só vejo ambições e ânsias de poder
Traições e mais traições
Meus filhos a sofrer
E com a alma em sangue ouvir dizer
Que esta terra
De Santos, Herois, Navegadores, é tambem
De Invejosos, Gatunos e traidores!
Meu pai
Meu rei e meu senhor
É esta a minha dor
A dor de mãe
Que agora é até enxovalhada, amesquinhada
Por aqueles a quem do nada fez alguem
Sim!
sou eu, meu pai
A vossa filha
A que foi Fama
A que foi Fé
A que foi Amor
A que foi Grandeza
E que hoje nada mais é
Que a pobre Pátria Portuguesa!
A que foi altiva, nobre e orgulhosa
Dum passado jamais visto
Feito de espada e de Justiça
De amor e devoção
De lágrimas e sangue
O sangue da naçaõ
Feito de Heróis, Santos e Guerreiros
Pelos quais ainda vivo, ainda existo
Eu!
Que espalhei pelo mundo as caravelas
e com elas bem alto a Cruz de Cristo
Sim
Sou eu, meu pai, sou eu
A mãe de D. henrique, de Cabral
De Nuno Álvares Pereira
Gaspar Corte Real
De Egas Moniz
De Filipa de Vilhena e Brites de Almeida
De Afonso de Albuquerque
E de Vasco da Gama
Eu! A que de heróis dei tantas gerações
Eu!
Que sobre o mundo
Espalhei a minha grandeza
E que o sol nunca se punha na terra Portuguesa
Eu!
Que povos uni
Chineses, brancos, negros
E a quem todos tratei
de uma mesma maneira
Que todos acolhi
Sob a mesma bandeira
Eu!
Meu pai
Que dei ao mundo o exemplo
da fé e da coragem
Do amor e da paixão
Aqui estou eu
Meu pai
Nesta incerteza
Aqui junto de vós
Num peito dolorido
Num orgulho ofendido
Assim
Envolta
Num grito de revolta
Num ser dilacerado
Num todo que só vejo
Já mais que destroçado
Sim!
Aqui!
Junto de vós
eu estou
Numa romagem de saudade
Para vos dizer, que ando agora por aí
ESTENDENDO A MÃO À CARIDADE!!!!
E.Damas
Sem duvida que se encaixa neste nosso "Portugalito"